A crise política que abala os bastidores do futebol brasileiro teve um desdobramento significativo recentemente. Após a determinação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), 19 federações estaduais emitiram um manifesto pedindo por mudanças e renovação na entidade máxima do futebol nacional.
O manifesto, sem mencionar Ednaldo Rodrigues diretamente, expressou apoio à convocação de uma nova eleição, incumbência esta atribuída ao vice-presidente Fernando Sarney, designado interventor da CBF pelo TJ-RJ. O documento destaca a necessidade de estabilidade, renovação de ideias e práticas, bem como a profissionalização das estruturas de gestão. As federações estaduais afirmam que a CBF deve ser um exemplo de governança, eficiência e transparência.
Algumas federações, como as de São Paulo, Minas Gerais e Bahia, ficaram fora desse movimento. No entanto, a maioria se posicionou a favor das mudanças propostas.
O afastamento de Ednaldo Rodrigues foi decorrente de suspeitas de falsificação de assinatura em um acordo firmado no início de 2023. A 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro tomou a decisão baseando-se em indícios de falsificação, incluindo a ausência do vice-presidente Antônio Carlos Nunes de Lima, Coronel Nunes, em uma audiência importante para esclarecimentos.
O desembargador Gabriel De Oliveira Zefiro afirmou que o acordo foi anulado devido à incapacidade mental e possíveis falsificações na assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima.
Anteriormente, o STF havia recebido denúncias contra Ednaldo Rodrigues, porém, a decisão de afastamento veio da Justiça do Rio, com base em evidências de irregularidades. O caso continua em desenvolvimento sob supervisão jurídica.